domingo, 10 de fevereiro de 2013

Holocausto e Morto-Vivo


 

O holocausto é o sacrifício supremo, no marco de uma entrega total a causas sagradas e superiores, suprimiram-se os sacrifícios e holocaustos dos cabritos e dos outros animais, em cujo lugar agora se oferece do universal e redentor senhor Jesus Cristo: holocausto passa a significar sacrifício dos Hebreus (Agamben, 2008). Para o deus Javé, divindade inspirada em Moloch, o sacrifício dos primogênitos humanos foi substituído pelo holocausto de animais: “o deus é o pastor dos homens. [...] se Deus é o pastor dos homens, se o rei também é o pastor dos homens” (Foucault, 2008: 167). Por volta de 2000 a 1500 anos antes de Cristo, segundo os sumerianos, o deus Moloch (ou Molek) somente se acalmava quando era homenageado com o sacrifício ritual de criancinhas inocentes, por exemplo: “por muito tempo, um dos privilégios característicos do soberano fora o direito de vida e morte. Sem dúvida, ele derivava formalmente da velha pátria potestas que concedia ao pai de família romano o direito de ‘dispor’ da vida de seus filhos e de seus escravos; podia retirar-lhes a vida, já que a tinha dado” (Foucault, 1988:127). No infanticídio, ritual da antiguidade, as crianças eram executadas, na maioria das vezes, por meio do apunhalamento ou do holocausto no fogo. O primeiro registro encontrado da prática do infanticídio ritual data de 4000 a.C. na região da antiga Suméria.

No ritual sumeriano, os recém-nascidos eram sacrificados em reverência ao deus Anu. Em Israel, o frustrado sacrifício de Isaac por Abraão e o efetivo holocausto da filha de Jefté demonstram como estavam presentes nos primórdios da matriz religiosa cristãos infanticídios ritualísticos (Mott, 1993). Além disso, sugere que, sendo primogênito em um regime paternalista, cabe, ao filho mais velho, a maior parte da herança e a sucessão do posto ocupado pelo pai, não havendo razão para revolta. Quanto à mãe há sua marginalidade na hierarquia patriarcal.

O Holocausto na tradição judaica representou um ritual de sacrifício dos primogênitos, que recebem a maior parte da herança dos pais num regime patriarcal. Jogar nas câmaras de gás os judeus no holocausto não foi apenas uma matança generalizada, mas, segundo a tradição judaica, os patrimônios seriam capturados pelo Estado Totalitário Nazista? Afinal, o ritual de sacrifício de animais, que designa o holocausto, voltou a ter o termo tradicional. Não resta dúvida que essa forma de ordenamento provém do biopoder ou do campo biopolítico da soberania, colocando a loucura, a esquizofrenia como limite do capitalismo. Sobre o racismo contra os doentes mentais ao longo da Segunda Guerra, destaca-se a matança de loucos ordenada por Hitler, mundo dos ‘mortos-vivos’, conforme Hannah Arendt: “a redução do homem a um feixe de reações separa-o tão radicalmente de tudo que há nele de personalidade e caráter quanto uma doença mental” (p.492). O Holocausto que ocorreu nos campos de concentração nazistas martirizou o povo judeu e os qualificou através do programa da eutanásia e da matança generalizada de loucos.

Nos campos de concentração ocorria todo tipo de humilhação, sofrimento e morte às vítimas, o que se chamava ‘truque de Himmler’: “em vez de dizer ‘Que coisas horríveis eu fiz com as pessoas! ’, os assassinos poderiam dizer ‘Que coisas horríveis eu tive de ver na execução dos meus deveres, como essa tarefa pesa sobre meus ombros!’” (Zizek, 2008: 96). Para os carrascos nazistas suportarem os atos horrendos que cometiam, diziam que não foram eles quem cometia os atos, mas que apenas viam ou cumpriam apenas as ordens. Neste caso, descreve-se a importância do aguilhão que brota exclusivamente do cumprimento das ordens nos homens. Sua defesa contra novas ordens faz com que eles não tentem ouvi-las, acatá-las, não atende. Se obrigado a entendê-las, esquiva-se delas: “tal reação é o que, na psiquiatria, se denomina negativismo, algo que desempenha um papel particularmente importante nos esquizofrênicos” (Canetti, 2005:323). Atenta-se, do morto-vivo dos campos de concentração aos esquizofrênicos dos hospitais psiquiátricos, passando pelo zombified, para quem as ordens que recebem, através do monitoramento remoto neural (RNM), para matar, mas remotamente para o controle do cérebro, a fim de ler e detectar qualquer pensamento penal ocorrendo dentro da mente de um criminoso.

 

 

Referências Bibliográficas

 

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. São Paulo: Boitempo, 2008.

 

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo: Anti-Semitismo, Imperialismo, Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

 

CANETTI, Elias. Massa e Poder. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

 

FOUCAULT, Michel. A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

 

_______ Segurança, Território, População. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

 

MOTT, Luiz. Abuso sexual ritualístico. In: AZEVEDO, Maria Amélia; GUERRA, Viviane Nogueira de Azevedo. Infância e violência doméstica: fronteiras do conhecimento. São Paulo: Cortez, 1993.

 

SILVA, Marcio Renato Pinheiro da. O filho pródigo de São Lucas, de Gide e de Dalton Trevisan. Ipotesi - Juiz de Fora - v.7 - n.2 - pag 135-148 – jul./dez. – 2003

 

ZIZEK, Slavoj. A Visão em Paralaxe. São Paulo: Boitempo, 2008.

 

 

Bomba genética e Eugenia Cibernética: Transumano

A biocultura aplica-se ao organismo humano através da substituição standard das peças de reposição e ao intercambiamento de novos seres transumanos e, enfim, por um “possível caráter substituível dos corpos clonados, os homens poderiam ainda alimentar a esperança de viver a si mesmos ao mesmo tempo em que deixam de existir...” (Virilio, 1999). Em vez de substituir órgãos por meio de transplantes, as novas pesquisas biológicas, com potentes aplicações médicas e comerciais, visam induzir capacidades auto-regeneradores. Em meio ao debate sobre ética, alguns pesquisadores estabelecem mecanismos para controle legal e financeiro do genoma humano. Sobre o transumano, o extra-humano e o Projeto Genoma Humano (Virilio, 1999:132):

[...] declaração do professor Richard Seed sobre a tentativa de realização da clonagem humana, ou ainda daqueles que defendem abertamente a produção de quimeras vivas, capazes de apressar a vinda [...] do extra-humano, que é outro nome de uma raça sobre-humana de sinistra memória... Aliás, o que é o ‘projeto genoma humano’ [...] com o objetivo de decifrar o DNA – senão uma corrida para alcançar finalmente a informação da vida [...].

Depois da exploração da Terra viva e de sua geografia, a da cartografia do genoma humano está bem adiantada: a clonagem humana não está nos planos de ninguém e é, de fato, impossível, pois os seres vivos formam sua personalidade e seu organismo em interação com o meio ambiente (Castells, 2006). A invasão da microfísica, contudo está concluindo o da geofísica, da colonização territorial à progressiva colonização dos órgãos e vísceras do corpo animal do homem. Política da domesticação das espécies animais geneticamente modificados e das populações submetidas em seus comportamentos sociais.

O Terminal Act descrito por Paul Virilio (1999), uma espécie de niilismo da era cibernética, ‘óbito voluntário’ em que a participação do médico se limita à precipitação de uma máquina-transferência de sua própria responsabilidade, com a eutanásia ativa avançando dissimulada por trás de um procedimento cibernético de morte súbita...

O óbito voluntário ou a eutanásia (matança de loucos) nos faz rememorar os programas nazistas que envolviam os mortos-vivos, o Muselmann (Agamben) ou a fabricação de cadáveres (Arendt), os ‘suicidados’ – suicídios assistidos por computador – e os Zombifieds: a teleação eletrônica apaga a culpabilidade do paciente. Inocente do crime de eutanásia ativa e não mais responsável que um vendedor de armas brancas ou de pequenas armas.

Bomba genética (possibilidade da clonagem do homem a partir do controle informático do mapa do genoma humano) e Eugenia Cibernética (combinação das ciências da vida e das ciências da informação, que nada deve à política das nações – como nos campos de extermínio), que, segundo Virilio (1999) podem ameaçar a espécie, não mais como antes, pela destruição radioativa do meio ambiente, mas pelo controle das fontes de origem da vida, da origem do indivíduo.

 

Referências Bibliográficas

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006.

VIRILIO, Paul. A Bomba Informática. Estação Liberdade: São Paulo, 1999.

_____ A Arte do Motor. Estação Liberdade: São Paulo, 1996.

Zombified: Hipnotismo e Magnetismo



Os sistemas invasivos de controle mental se manifestam através de sinais de alguns grupos de inteligência de países desenvolvidos podem monitorar remotamente informações de cérebros humanos pela decodificação dos potenciais evocados e emitidos pelo cérebro. Técnicas de controle da mente podem ser usadas para fins políticos e o objetivo dos controladores da mente hoje é induzir as pessoas ou grupos-alvo a agir contra sua própria convicção e interesses: indivíduos zombified podem até ser programados para matar e não se lembrar de nada depois de seu crime (Lukanen, 1999).

Essas técnicas de controle da mente por meio de ondas cerebrais no campo eletromagnético (EMF) difundidas no século XX remontam do século XVII. Com o magnetismo e a hipnose numa espécie de deslocamento da crise dos doentes, o magnetizador era essencialmente aquele que impunha sua vontade ao magnetizado. Vemos funcionar o efeito do magnetismo no século XIX para proporcionar ao médico um domínio, absoluto, sobre o doente, mas é também proporcionar ao doente uma lucidez suplementar.

No braidismo ou simplesmente a hipnose, abandona a velha teoria do suporte do magnetismo – põe todos os efeitos da hipnose unicamente na vontade do médico (Foucault, 2006). A hipnose é o elemento no qual o saber do médico vai poder se manifestar. A hipnose e a sugestão põe o sujeito em tal situação que seja possível, por uma ordem precisa, obter dele um sintoma isolado, ou seja, a hipnose serve para por o doente em tal situação que ele terá exatamente o sintoma que se quer; o que Michel Foucault chamava por ‘manequim funcional’ e o que, mais tarde, pôde se verificar e atravessar por técnicas muito semelhantes entre os ‘zombified’.

 

Referência Bibliográfica

FOUCAULT, Michel. O Poder Psiquiátrico. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

LUKANEN, Leena-Rauni Kilde. Implantes de Microchips, Controle da Mente e Cibernética. Spekula. Finlândia, 6. dezembro. 1999.

 

Guerra Bioelétrica - Ondas Cerebrais


 

Questiona-se por que podemos, com o uso de alta tecnologia, perceber e impor falas ao nosso pensamento? Imagens e vozes, alucinações artificiais podem ser produzidas e impostas aos nossos cérebros de tal sorte que não podemos controlar? Haveria uma forma de controle de nossas mentes pelas máquinas e das máquinas por nossos cérebros? Como a partir da física as palavras e a informação são percebidas e contribuem para a guerra bioelétrica?

Como se não bastasse o significante ser uma ‘imagem-acústica’, porque ao lado da palavra há o som e a imagem correspondente (Saussure, 2006), o próprio pensamento é percebido como um ‘pensamento-som’ (Derrida, 2004): a língua tem uma tradição oral independente da escritura, representação da voz, mas há as relações entre escritura e fala, de um lado, ‘imagem’ exterior e figurações, de outro, o sentido do som, o único verdadeiro, o do som – “a escritura será fonética [...] representação exterior da linguagem e deste ‘pensamento-som’” (Derrida, 2004:38). Se o significante é a palavra e o pensamento um som, seria um esforço pensa-los como uma imagem-acústica, em termos de luz (imagem) e som (acústica)?

O significante é uma frequência e a ressonância é subjetiva, segundo Deleuze e Guattari (1995). A ressonância e o acoplamento entre eventos, duas frequências em que ouvimos harmônicos; a frequência da mola, por exemplo, e a da força exterior, no caso, do oscilador harmônico, a mola: a ressonância acopla sons (Prigogine, 1996). Descreve-se a luz em termos de campos elétricos e magnéticos ondulando através do espaço: os elétrons são ondas, assim como a onda é uma luz – uma onda eletromagnética: “velocidade de uma onda é dada pelo produto de dois números seu comprimento de onda – a distância entre duas cristas sucessivas – e sua frequência – o número de cristas passando a cada segundo por um ponto fixo” (Gleiser, 2006:234).


Os neurônios possuem três componentes importantes, segundo Damásio (1996:51): um corpo celular; uma fibra principal de saída, o axônio; e fibras de entrada, ou dendritos. Os neurônios estão interligados em circuitos formados pelo equivalente aos fios elétricos condutores (fibras axônicas dos neurônios) e aos conectores (sinapses, os pontos onde os axônios mantêm contatos com dendritos de outros neurônios). Quando os neurônios se tornam ativos (um estado conhecido como ‘disparo’) é propagada uma corrente elétrica a partir do corpo celular e ao longo do axônio – corrente que é o potencial da ação e quando atinge a sinapse desencadeia a liberação de substâncias químicas conhecidas por neutransmisores. Destaca-se a atividade elétrica do cérebro, que produz ondas cerebrais entre 4 Hz (delta) a 100 Hz (gama):

a)      Gama – 28 a 100 ciclos por segundos ou Hz: alta atividade mental, assimilando alguma informação complexa, estudando, medo, existência de grandes problemas para resolver, etc.

b)      Beta – 14 a 28 ciclos de ondas por segundo ou Hz: atividades habituais, vigília ativa, escovar dentes, comer, conversar, etc.

c)       Alfa – 7 a 14 ciclos de ondas por segundo ou Hz: vigília difusa, relaxamento ou meditando.

d)      Theta – 4 a 7 ciclos de ondas por segundo ou Hz: acordando ou na hora em que podemos nos lembrar dos nossos sonhos, estado usado na hipnose.

e)      Delta – de 0 a 4 ciclos de ondas por segundo ou Hz: coma ou estado profundo.

EMF (campo eletromagnéticos, em inglês) Brains Stimulation 10 Hz a 20Hz, ou seja, a estimulação cerebral no campo eletromagnético, portanto atinge a faixa entre as ondas alfa, beta e  gama.

Área do cérebro
Bioelétrica de frequência de ressonância
Informação induzida através da modulação
Controle Motor Córtex
10 Hz
Impulso Motor Coordenação.
Córtex auditivo
15 Hz
O som que ultrapassa os ouvidos.
Córtex Visual
25 Hz
Imagens do cérebro sem passar os olhos.
Somatossensoriais
9 Hz
Phantom, sentido de toque.
Centro do Pensamento
20 Hz
Pensamentos impostos ao subconsciente.

 

Essas frequências de EMF podem ser amplificadas por sistemas de computadores, afinal a radiação de ondas longas passa pelas micro-ondas (radiações eletromagnéticas produzidas por sistemas eletrônicos que se estendem pelo espectro, feixes que são emitidos e detectados pelos sistemas de radar) e as de radio (ondas utilizadas principalmente em telecomunicações e radiofusões) frequência entre 300MHz a 300GHz. Usando um Sistema de Monitoramento Remoto (RMS) um operador de computador em terra que pode enviar mensagens eletromagnéticas (codificados como sinais) para o sistema nervoso, afetando o desempenho do alvo. Com o RMS, pessoas sadias podem ser induzidas a ver alucinações e ouvir vozes em sua cabeça:

“As novas possibilidades incluem não só tarefas mais complexas (por exemplo, implantando eletrodos nos centros de linguagem do cérebro e transmitindo a voz interior de alguém para uma máquina sem fio, pode-se falar ‘diretamente’, dispensando a voz e a escrita), como também enviar sinais cerebrais a uma máquina a milhares de quilômetros de distância e comandá-las de longe. E que tal enviar sinais a alguém próximo através de eletrodos implantados em seu centro auditivo, de modo que ele possa ouvir ‘telepaticamente’ minha voz interior?” (Zizek, 2008:260).

A estimulação cerebral para Monitoramento Remoto Neural (RNM) e Cérebro Eletrônico Link (EBL) são tecnologias de uma rede fixa de equipamentos EMF (Eletromagnetic Fields, campo eletromagnético) especial em cérebros humanos e identifica/localiza pessoas usando computadores. A estimulação elétrica para o cérebro (ESB) através de sinais do EMF é usado pelos Estados Unidos (NSA) para controlar indivíduos, além de simular alucinações auditivas, através de emissões remotas de radiofrequência (RF) pela adulteração da placa lógica do computador. Trata-se da detecção de campos eletromagnéticas em seres humanos para sua vigilância: as emissões de campos eletromagnéticos do cérebro do sujeito podem ser codificadas pelo pensamento, imagens e sons. Além disso, a maioria das tecnologias de rádio é analógica, mas a das telecomunicações sem fio modernas usam transmissões digitais.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), desde o final da década de 1990, elaborou um Projeto EMF Internacional para avaliar os efeitos biológicos e analisar os possíveis riscos para a saúde decorrente da exposição a fontes de EMF, como linhas de alta tensão, radares, telefones móveis e suas estações de base podem causar consequências adversas a saúde1. A telefonia móvel, tecnologia sem fio utiliza uma extensa rede antenas fixas – estações rádio-base (ERBs), que recebem e transmitem informações através de sinais de radiofrequência (RF). As redes sem fio possibilitam serviços e acessos de alta velocidade à internet, como redes sem fio em áreas locais (WLANs) – crescem as estações rádio-base e as redes locais sem fio. As exposições à RF a partir das ERBs são variáveis a níveis mais baixos ou comparáveis aos transmissores de rádio e televisão. Por serem mais baixas, as radiofrequências se expõem de modo tal que o corpo absorve até cinco vezes mais os sinais de rádio FM e de televisão do que aqueles provenientes das ERBs: “as frequências utilizadas pelas transmissões de rádio FM (cerca de 100 MHz) e de TV (de 300 a 400 MHz) são inferiores àquelas utilizadas pela telefonia móvel (900 MHz e 1800 MHz) e porque a altura de uma pessoa faz do corpo humano uma antena receptora eficiente para essas frequências”2.

Reconhece-se tanto controle mental de máquinas quanto controle das máquinas sobre as mentes. De um lado, há exemplos de seres humanos que comandam um smartphone com pensamento – aplicativo de iPhone em que usa sinais de eletroencefalograma para controlar os ícones dos telefones: a força do pensamento, no futuro, controlaremos, máquinas e resolveremos problemas de saúde pelo comando da mente. É o que diz o neurocientista Miguel Nicoleli (Pavarini, 2011:11-2). De outro, cada um de nós tem uma frequência de ressonância única bioelétrica do cérebro, assim como temos impressões digitais únicas (Luukanen, 1999). Com a eletromagnética da estimulação cerebral EMF (frequência totalmente codificada, pulsando sinais eletromagnéticos que podem ser enviadas para o cérebro, fazendo com a voz desejada e os efeitos visuais de ser experimentado pelo destino): sistema invasivo de controle mental – os indivíduos zombified.

 

Referências Bibliográficas:

DAMÁSIO, António R. O Erro de Descartes: Emoção, Razão e o Cérebro Humano. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. Vol.2. São Paulo: 34, 1995.

DERRIDA, Jacques. Gramatologia. São Paulo: Perspectiva, 2004.

GLEISER, Elias. A Dança do Universo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

LUKANEN, Leena-Rauni Kilde. Implantes de Microchips, Controle da Mente e Cibernética. Spekula. Finlândia, 6. dezembro. 1999.

PAVARIN. Guilherme. A Força do Pensamento. In: Galileu. Março, n° 236, editora Globo, 2011.

PRIGOGINE, Ilya. O Fim das Certezas: Tempo, Caos e as Leis da Natureza. São Paulo: Unesp, 1996.

SAUSSURE, Ferdinand. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 2006.

ZIZEK, Slavoj. A Visão em Paralaxe. São Paulo: Boitempo, 2008.

 

1 Campos eletromagnéticos e saúde pública: Percepção Pública o risco de campos eletromagnéticos. World Health Organization. Fact Sheet. n° 184, maio de 1998.

2 Campos eletromagnéticos e saúde pública: Estações rádio-base e tecnologias sem fio. World Health Organization. Fact Sheet. n° 304, maio de 2006.